WOOL 2021
MURAIS
Colectivo LicuadoURU, Marta LapeñaES, Daniel EimePT e TheCaverPT
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS
Nuno SarmentoPT e Raquel BelliPT
ACÇÃO COMUNITÁRIA
“Juntos, ponto por ponto” com AheneahPT
WORKSHOP
Arte urbana em ponto cruz orientado por AheneahPT
EXPOSIÇÃO
“Crisis” por Jofre OliverasES e Lucía HerreroES
FILME MUSICADO
“Covilhã industrial, pitoresca e seus arredores” por First Breath After ComaPT
ROTEIRO SONORO
DefskiPT
CONCERTO
Joana GuerraPT
VISITAS GUIADAS
Orientadas por elemento da organização
PEÇAS CRIADAS
12
Em ano de celebração de uma década de existência, o WOOL apresentou uma programação mais musculada, no espaço e tempo, com mais de 40 iniciativas de diversas áreas e disciplinas, nomeadamente, pintura mural, residências artísticas, exposições, um filme musicado, visitas guiadas, acções comunitárias entre outras actividades.
As intervenções murais, apresentaram como habitualmente dois artistas nacionais e dois internacionais: Colectivo Licuado (Uruguai), Marta Lapeña (Espanha), Daniel Eime e TheCaver (Portugal), que trabalharam sobre a identidade local como é apanágio do WOOL e neste ponto temos de destacar a intervenção do Colectivo Licuado (Uruguai) que celebrou os 140 anos da 1.ª Expedição Científica à Serra da Estrela (promovida pela Sociedade de Geografia de Lisboa, 1881) e o trabalho do Daniel Eime, que trabalhou sobre a temática do papel (anónimo) da mulher na secular indústria dos lanifícios covilhanenses.
As residências artísticas, ficaram a cargo da fotógrafa e artista visual Raquel Belli que desenvolveu um trabalho comunitário que posteriormente foi exposto em várias montras de espaços de comércio local da Covilhã, reforçando o circuito de visitação pelas cerca de 40 peças que compõem atualmente o Roteiro WOOL; e de Nuno Sarmento que desenhou os 10 anos de WOOL ao longo de um único rolo de papel com 27m.
Depois de ter participado na edição de 2020 do WOOL, o artista catalão Jofre Oliveras regressou novamente à Covilhã na companhia da premiada fotógrafa Lucía Herrero para darem continuidade ao trabalho iniciado no ano anterior e em conjunto apresentaram a Exposição CRISIS, que contou com o apoio da Guarda 2027, região candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027. CRISIS, pretendeu ser uma reflexão sobre as inúmeras crises ambientais, sociais ou económicas que sendo globais, também compreendem inúmeros impactos no ‘local’.
A Aheneah realizou a acção comunitária ‘Juntos, ponto por ponto’, na qual participaram mais de 30 pessoas.
Em termos de destaques musicais, a programação WOOL 2021 incluiu um Filme Musicado, ou seja, a sonorização do centenário filme “Covilhã Industrial, Pitoresca e seus arredores”(Artur Costa de Macedo, 1921) tocada ao vivo pela banda First Breath After Coma e o desenvolvimento de um Roteiro Sonoro, que sob orientação de Daniel Tavares Nicolau aka Defski, objectiva “captar a aura que emana de cada obra e transmitir o âmago do WOOL”. Para além da recolha de texturas recolhidas “in loco” na cidade da Covilhã e de gravações captadas durante os processos criativos, pormenores, janelas auditivas, fragmentos, vozes e murmúrios, Defski convidou vários músicos nacionais e internacionais para a criação destas 10 paisagens sonoras, entre os quais destacamos Sylvester Onyejiaka (elemento da banda New Power Generation de Prince entre 2012 e 2014), Matt DeMerritt (flautista que tem trabalhado ao longo dos anos com os De La Soul), Sam Merrick (baterista de Charles Bradley e Sharon Jones) e o transmontano Hugo Correia.
Para além destas acções, a programação incluiu ainda um workshop de arte urbana em ponto cruz, um concerto de Joana Guerra, as visitas guiadas e as conversas, que mais uma vez pretendem promover o contacto entre o WOOL, os artistas e a comunidade.