WOOL TALKS 2024

14 Junho 2024

 

 

Talk 01 – “Como se trabalham estas expressões urbanas em territórios de baixa densidade e contextos rurais?”

 

Talk 02 – “Porquê e como valorizar o papel das mulheres nas Artes Visuais?”

 

Talk 03 – “Poderá a Arte Urbana ser instrumento de políticas públicas para o desenvolvimento dos territórios?”

 

Talk 04 – “Pode a Arte Urbana ajudar a construir comunidade?”

 

Visita guiada pelo Roteiro de Arte Urbana WOOL

 

Comentários finais

 

 

As WOOL TALKS disponibilizaram tradução simultânea Inglês-Português e Português-Inglês.

 

CIEC – Centro de Inovação Empresarial da Covilhã _ Rua António Augusto Aguiar, 60

 

A edição 2024 do WOOL | Covilhã Arte Urbana contou com o apoio do Turismo de Portugal / Visit Portugal (cofinanciamento), da Câmara Municipal da Covilhã (cofinanciamento), do BPI | Fundação “la Caixa” (Mecenas) e de um conjunto de outras empresas nacionais e locais.

Em 2011, o WOOL | Covilhã Arte Urbana apresentava-se como o primeiro festival de destas expressões de Arte Contemporânea em Portugal, introduzindo-as como ferramentas capazes de promover transformação social, cultural, económica e/ou turística numa comunidade e território. Ambicionava contribuir para uma necessária e urgente coesão, sustentabilidade e descentralização cultural. Ao longo desta já longa e singular caminhada, fomos conhecendo outros projectos nacionais e internacionais, com missões e/ou práticas semelhantes e o debate sobre esta singular e distintiva criação e produção artística e cultural em espaço público, fora da grande urbanidade e em contexto de ruralidade, convoca a uma cuidada reflexão.

Na 11ª edição do WOOL, lançámos as WOOL TALKS – Conferência Internacional de Arte Urbana. Surgiram como resposta ao desejo de trazer até ao contexto singular do WOOL e da Covilhã um espaço de pensamento, debate e partilha sobre este sector, sobre esta área artística e outras dimensões com as quais dialoga.

O tema que nos conduziu ao longo desta primeira edição das WOOL TALKS foi a relação entre “Arte Urbana e territórios de baixa densidade” e objectivou a reflexão e produção de conhecimento sobre estes palcos singulares e inusitados de produção cultural e artística. Esta dimensão de “baixa densidade” foi ainda foco de outras leituras que se associam ao sector artístico e seu potencial de agente transformador.

Sessão de ABERTURA

Lara Seixo Rodrigues, co-fundadora do WOOL
José Miguel Oliveira, Vereador da Câmara Municipal da Covilhã
Anabela Freitas, Vice-presidente do Turismo do Centro

TALK 01

“Como se trabalham estas expressões urbanas em territórios de baixa densidade e contextos rurais?

A primeira TALK do dia trouxe até à Covilhã um grupo de festivais que actuam em territórios de baixa densidade e/ou rurais. Condição que não os afastou, nem afasta, de serem, por um lado “o mais antigo festival de Arte Urbana do mundo”, “o segundo mais antigo festival de Arte Urbana do mundo” ou um dos festivais mais interessantes no activo, seja pela geografia, pela construção comunitária ou pela proposta curatorial.

Partimos para o debate com a questão “Como se trabalham estas expressões urbanas em territórios de baixa densidade e contextos rurais?”, partilhando práticas, metodologias e formatos, mas deambulámos por outras questões, como os porquês da singularidade destas práticas nestes territórios, os objectivos inerentes à criação destes projectos, os resultados, as dificuldades de actuação, entre muitos outros.

Oradores:
Susan Hansen, investigadora em representação do NUART FESTIVAL – Stavanger (Noruega)
Alice Pasquini, artista e fundadora do CVTà Street Fest – Civitacampomarano (Itália)
Laura Lara Sánchez, mediadora e cofundadora do Parees Fest – Oviedo (Espanha)
Alfredo Martínez Pérez, cofundador do ASALTO – Festival Internacional de Arte Urbano, Saragoça (Espanha)
Lara Seixo Rodrigues, cofundadora do WOOL | Covilhã Arte Urbana – Covilhã (Portugal)

Moderador:
Luis García Alamán, cofundador do ASALTO – Festival Internacional de Arte Urbano, Saragoça (Espanha)

 

Gravação da TALK 01

TALK 02

“Porquê e como valorizar o papel das mulheres nas Artes Visuais?”

A segunda TALK conduziu-nos para outras reflexões sobre o potencial transformador e democratizador da Arte Urbana. Partindo da questão “Porquê e como valorizar as mulheres nas Artes Visuais?” instigámos necessárias, abrangentes e urgentes reflexões sobre este tema, que nos permitiu regressar a novas ou renovadas interrogações sobre o papel deste sector e de cada um de nós, enquanto agentes de cultura, na construção de um ecossistema artístico mais inclusivo, diverso e justo.

Oradora:
Marina Bortoluzzi, curadora de arte e investigadora contemporânea – São Paulo (Brasil)

Moderador:
Vitor Belanciano, jornalista cultural – Lisboa (Portugal)

 

Gravação da TALK 02

TALK 03

“Poderá a Arte Urbana ser instrumento de políticas públicas para o desenvolvimento dos territórios?”

São inúmeros os exemplos de geografias, dos quatro cantos do mundo, das mais variadas escalas, que espontânea ou estrategicamente, por iniciativa privada ou por entidades públicas e/ou decisores políticos, se assumem hoje como palcos de criação artística em espaço público. Este é o lugar mais democrático e democratizador, onde se poderão potencializar todas as capacidades da Arte, onde um público de enorme diversidade se poderá integrar e envolver na sua totalidade, sem distinções ou discriminações. Poderemos então questionar a utilização destas expressões artísticas como mera decoração e assumi-las como ferramentas de transformação de um território ou comunidade? Poderão projectos de Arte Urbana ser veículos de mudança social, cultural, urbana, económica ou política? Poderão ser operadores e/ou mediadores de operações de sensibilização, de inclusão ou coesão social e territorial, e por conseguinte, “Poderá a Arte Urbana ser instrumento de políticas públicas para o desenvolvimento dos territórios?”

Oradores:
Hugo Cardoso, coordenador da Galeria de Arte Urbana – Câmara Municipal de Lisboa, Festival MURO – Lisboa (Portugal)
Isabel Simões Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Estarreja, Festival ESTAU – Estarreja (Portugal)
María Esther Gutiérrez Morán, vicepresidenta Primera de Territorio, Igualdad y Cultura de la Diputación de Cáceres, Festival Muro Critico – Cáceres (Espanha)

Moderador:
João Aidos, engenheiro, gestor e programador cultural – Coimbra (Portugal)

 

Gravação da TALK 03

TALK 04

“Pode a Arte Urbana ajudar a construir comunidade?”

O espaço público será sempre por excelência o verdadeiro palco de interacção, intercâmbio, consciência e construção de Humanidade, de dignidade e cidadania, em todas as suas mais variadas dimensões. Assumida a Arte e a Cultura como ferramentas singulares de pensamento crítico e como motores únicos para restaurar e reforçar o sentimento de pertença de uma comunidade ou território e, consequentemente, contribuir para a sua (re)construção e valorização, poderemos compreender que “Pode a Arte Urbana ajudar a construir comunidade?” Poderemos afirmar que a criação artística em espaço público, a que parte de uma construção participada e/ou de base comunitária, poderá ajudar a atingir os resultados e realidades que respondem aos desafios da sociedade contemporânea?

Orador:
José Carlos Mota, docente e investigador – Aveiro (Portugal)

Moderador:
Vitor Belanciano, jornalista cultural – Lisboa (Portugal)

 

Gravação da TALK 04

VISITA GUIADA pelo Roteiro de Arte Urbana WOOL, orientada pela curadora e co-fundadora do WOOL, Lara Seixo Rodrigues.

COMENTÁRIO FINAIS pela poeta Alice Neto de Sousa (Portugal)